O Tarô Cósmico foi o primeiro baralho que comprei de verdade. Ou seja, aquele que, dentre várias opções, você escolhe por causa da beleza e do traçado e não só devido a sua utilidade prática. Ele marcou um instante especial na minha vida, porque, naquela época, o mercado de tarôs ainda era limitado e a internet não estava em uso a ponto de se poder encomendar baralhos estrangeiros sem nenhum medo de extravio ou golpe no cartão de crédito. Assim, precisava se contar com a “sorte” quando se visitava alguma loja ou livraria. Fora que o preço era muito maior, o que tornava a compra em si mais importante.
Anos se passaram e o fato é que, agora, mesmo o Cósmico sendo apenas uma parte da minha coleção, ele ainda permanece como aquele que me despertou a vontade de colecionar. Por isso, antes que pensem que compro compulsivamente, revelo que tenho uma regra básica: adquirir sempre um baralho que me traga uma luz nova de interpretação. Desse modo, evito ter tarôs muito parecidos entre si.
Em relação ao tarô em si, publicado pela US Games em 1986, o Tarô Cósmico foi criado por Norbert Lösche, que também o ilustrou ricamente, provavelmente à mão. Seu tamanho é considerado padrão (7 cm x 12 cm) e as cartas possuem uma borda branca ao redor de cada uma e, atrás, mostram uma estrela de cinco pontas dentro do espaço (imagem acima).
Em termos de interpretação, ele segue o padrão de Crowley, no qual os valetes são princesas e os cavaleiros, príncipes, porém os reis continuam com este título.
Já os arcanos menores são ilustrados com cenas como os de Waite.
Se vocês comprarem o livro do Veet Pramad, Curso de Tarô (veja a resenha dele aqui) verão que ele usa este tarô como ilustrações.
Os Arcanos Maiores são vistos mais de perto, quase em close-up. As imagens, no geral, têm um ar mais moderno e contemporâneo.
As figuras da corte, por sua vez, trazem associações astrológicas de forma bem evidente. O Rei de Copas tem o símbolo de câncer, preso ao seu casaco (imagem acima).
Este deck serve para iniciantes, mas é importante entender que ele segue mais as interpretações de Crowley que de Waite.
Dois exemplos disso são o 5 de Espadas que mostra imobilidade ao invés de uma disputa e o 7 de Ouros que fala de fracasso ao invés de um momento de transição, reavaliação ou mesmo investimento e colheita.
Raramente encontro alguém falando sobre o cosmic tarot. Ele é lindo ♥
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Agradeço sua visita, Letícia! Um abraço!
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Ele usa este baralho ou o do Crowley no livro?
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No livro, ele usa o Crowley, mas todas as cartas trazem ilustrações do Cosmic, talvez porque ele siga a mesma linha. Um abraço!
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Gostaria de ter o manual do Cosmic Tarot traduzido para o Português. Onde encontro, por favor?
jomylla@outlook.com
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Bom dia! Eu não tenho esta informação, infelizmente. Uma dica que posso lhe dar é seguir o Tarô de Crowley, pois este baralho segue este sistema. Obrigada!
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