1. Você não cobra pelo seu serviço corretamente – Como existe esta ideia generalizada de que leituras de cartas são uma forma de mediunidade ou um serviço de caridade, fora a má fama de certos profissionais que de fato abusam do desespero de seus clientes, cobrar pela consulta pode ser um ato que exija autoconfiança e respeito pelo seu tempo e conhecimento. Se seus familiares e amigos tiverem esta impressão negativa e você mesmo for muito religioso, poderá colocar um manto de culpabilidade sobre sua profissão de tarólogo, não conseguindo cobrar o que ela realmente vale. Eu mesma passei por isso no começo, até compreender que a pessoa paga por seu tempo, pelas horas de estudo e também por sua experiência. Paga pelos seus conselhos, pela sua visão imparcial dos fatos. Além disso, aquela 1 hora de consulta poderá criar uma bola de neve de acontecimentos salutares na vida daquela pessoa, porque ela irá pensar mais sobre o próprio comportamento e resolver alguns problemas que antes a afligiam. Isso não acontece quando compramos um livro e lá está a fonte de inspiração e conhecimento que precisamos? Por que consultar um tarólogo teria que ser diferente ou menos valioso?
Dica: Tire uma média do que seus colegas cobram pela hora, depois aplique isso dentro do seu orçamento mensal. Pense em quantas horas por dia você pode trabalhar de modo confortável, de modo a não comprometer a qualidade de suas consultas. Em cima disso, você verá quanto deve cobrar por hora para poder sustentar seu próprio trabalho.
2. Você ajuda demais seus clientes – Por causa novamente da questão da caridade, você pode correr o risco de ultrapassar o limite do profissional e se tornar um amigo do cliente. Isso não é muito adequado, pois a imparcialidade que ele precisa pode se perder no processo. Além disso, você também tem uma vida, familiares, amigos, filhos que precisam de sua atenção. Não dá para ser um tarólogo 24 horas por dia, nem dar preferência a um cliente, apenas porque este exige mais sua atenção do que outros. Para ficar mais claro, seria o mesmo que um paciente, que teve sua consulta às 8h da manhã, continuar aparecendo no consultório médico ao longo do dia ou telefonando para o médico que o atendeu, para tirar dúvidas que ele teve e esqueceu de perguntar na hora da consulta. Assim, interrompe outras consultas, o almoço do médico, impede-o de voltar para casa a tempo de fazer algo com seus filhos, etc
Dica: Estabeleça previamente no que consiste seu atendimento. Você responderá dúvidas por email e chat? Ou por telefone? Passará seu telefone de casa? Que horas você estará disponível para isso? Você atenderá de final de semana e feriados? Fará acompanhamento das suas consultas por email? E por quanto tempo depois de enviada a consulta? Ter isso claro antes lhe ajuda a educar seus clientes mais ansiosos e a não desvalorizar os outros que esperam pelo horário mais adequado.
3. Você tem preconceito em relação ao marketing – Já vi muitos tarólogos dizerem nas redes sociais que não gostam de “se vender”, mas considero isso um erro de julgamento. Divulgar seu trabalho, mostrar que você existe, onde atende, não é se vender. Afinal, um tarólogo que leve seu trabalho à sério e o trata como profissão não tira nada da beleza do Tarô ao se expor na internet como tal, dando direções a potenciais clientes. Você tem um serviço pelo qual certas pessoas se interessam. Se você é sério, elas ficarão felizes em lhe conhecer. Por isso, pensar que esta divulgação o inferioriza seria o mesmo que dizer que o Tarô é um instrumento mágico, para poucos iniciados e que tem que permanecer exclusivo para pessoas iluminadas. O resto da população não pode saber dos benefícios das cartas! É claro que existe um limite ditado pelo bom senso. Vender consulta de Tarô não é vender papel higiênico em largos fardos por preços promocionais. Afinal, não queremos marcar consultas pensando apenas nos resultados financeiros, mas achar um ponto de equilíbrio irá expandir seus limites e o fará ajudar mais pessoas com as cartas do que já faz hoje.
Dica: Veja quais são os locais online e offline nos quais você pode divulgar seus serviços. Seja discreto e elegante, mas informativo. Tenha um cartão de visitas para dar para aquelas pessoas que ficam sabendo o que você faz e mostram interesse. Escreva num blog para mostrar seus conhecimentos e visão. Quando as pessoas leem sobre o que você acredita, ficam mais inclinadas a confiarem no seu trabalho.
4. Você não tem certeza sobre o que deseja – Tem gente que quer ser tarólogo profissional, outros não, apenas querem estudar e atender uma ou outra pessoa para ter prática, sem cobrar. Uns só querem atender presencialmente, outros preferem integrar uma equipe online já pronta. Existem os astrólogos que dão consultas de Tarô e vice-versa. Por fim, os que preferem ter um emprego estável, como um concurso público e atender no tarô apenas nos finais de semana ou férias. Portanto, defina bem o que você busca, pois, sem isso, suas ações tenderão a ser incoerentes e lhe faltará consistência. Fora que sem uma rotina constante, você dificilmente avançará nesta profissão e pode até desistir dela por não ver resultados.
Dica: Decida que tipo de tarólogo você será e trace planos e objetivos. Depois estabeleça uma rotina, incluindo aí estudos, novas compras (livros, cursos, baralhos), atendimento, divulgação, prática, etc. Procure segui-la com frequência, até para depois poder medir se houve progressos ou não (investimento x retorno).
5. Você não consegue ver o que faz como uma profissão – Esse item é praticamente um resumo dos anteriores. Se você não vê como profissão o que faz, você pode: não se preocupar em pagar suas contas com as consultas que presta; não lidar com as pessoas de modo objetivo, querendo muitas vezes curar o outro, se envolvendo com suas dores e sofrendo quando não são bem sucedidas; se desapreciar, não valorizando seus conhecimentos ou precisão nas leituras; não contar para as pessoas o que faz, por ter vergonha ou culpa; não procurar ter um registro na carteira de trabalho, nem possuir cartões de visitas; não trabalhar diariamente, só atendendo quando alguém aparece; não investir em cursos pensando na melhoria dos seus atendimentos e sim apenas no aumento do seu conhecimento; não acreditar que possa viver só disso, mantendo um emprego dito estável.
Dica: Aplique ao Tarô as mesmas regras de conduta que você tem no seu trabalho “normal”. Se sua intenção é viver apenas das consultas, faça um processo de transição e não tenha pressa. Quando for mais rentável ser tarólogo, você pode mudar de uma atividade para outra, principalmente quando tiver uma boa cartela de clientes fieis.
Olá! Adorei seu site. Desde pequeno eu sou apaixonado por Astrologia, e a uns dois anos descobri o Tarot. Eu leio mapas e jogo para alguns amigos, mas agora quero realmente transformar isso em uma profissão.
E seu site está me ajudando muito.
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Obrigada pela visita!
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Grato quero iniciar os atendimentos com baralho cigano, tarô e sua dicas foram valiosas. Gratidão!
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olá Vanessa Mazza ! me fez muito bem seus comentários, geralmente fico intima de meus consulentes, e tb não me porto com o valor e dignidade de um profissional. tb tenho muito em mim a questão de salvar o mundo e eu que me ferre
Sou muito grata
Ana Lucia
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Muito obrigada pelo comentário!
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